Os Iogues têm uma forma favorita de respiração psíquica que praticam de vez em quando, à qual foi dado um nome sânscrito, cujo equivalente é, de um modo geral, o acima mencionado. Os princípios gerais da Grande Respiração podem ser resumidos no antigo provérbio hindu: “Bendito é o iogue que pode respirar através dos seus ossos”.
Este exercício encherá de prana o sistema inteiro e o praticante sairá dele com cada osso, músculo, nervo, célula, tecido, órgão, revigorado e harmonizado pelo prana e o ritmo da respiração. É um purificador completo e geral do sistema, e aquele que o pratica cuidadosamente sentirá como se lhe fosse dado um corpo novo, recentemente criado, do alto da cabeça a ponta dos dedos dos pés. Deixemos que o exercício fale por si mesmo:
1 — Deitar-se numa posição perfeitamente cômoda e sem tensão muscular.
2 — Respirar ritmicamente até que o ritmo esteja perfeitamente estabelecido.
3 — Então, inalando e exalando, formar a imagem mental de que a respiração é absorvida através dos ossos das pernas e expelida através dos mesmos; em seguida, através dos ossos dos braços; depois, através da superfície do crânio; em seguida, através do estômago; depois, através dos órgãos da reprodução; depois, como se estivesse viajando para cima e para baixo ao longo da coluna espinhal; e, finalmente, como se a respiração se inalasse e exalasse através de cada poro da pele, enchendo todo o corpo de prana e de vida.
4 — Em seguida (respirando ritmicamente), enviar a corrente de prana aos sete centros vitais, do seguinte modo e usando a visualização:
Terminar, fazendo circular a corrente de prana da cabeça aos pés, várias vezes.
Namastê!
Nina Greguer
Fonte: Texto extraído do Livro “Hatha Yoga Ou Filosofia do Bem Estar” – Ramacháraca.