Os Mudras fazem parte de antiguíssimos e preciosos ensinamentos da ciência yoga. Durante milhares de anos, o saber existente por detrás da anatomia, fisiologia e simbologia dos Mudras manteve-se oculto, conhecido apenas pelos grandes mestres do passado. Ao longo do tempo, tais ensinamentos foram transmitidos por mestres de grande saber aos seus discípulos.
A realização de gestos com as mãos existem em todas as culturas da face da Terra e pode ser considerada intrínseca à civilização: os antigos egípcios, romanos, gregos, persas, aborígenes da Austrália, indianos, chineses, turcos, habitantes das Ilhas Fiji, maias, esquimós e índios norte-americanos usavam a linguagem das mãos.
No Egito há cinco mil anos atrás, esses gestos eram praticados em rituais por sacerdotes e sacerdotisas. Os gestos sagrados eram fundamentais na comunicação com os deuses e na manifestação de milagres. Do Egito, esses gestos e o conhecimento de sua utilização e de seu poder espiritual estenderam-se a Índia e a Grécia.
Os monges budistas aprofundaram ainda mais a compreensão dos Mudras, utilizando-os no encerramento de seus rituais sagrados. Do Egito e da Grécia, esses gestos foram levados a Roma, onde vieram a fazer parte intrínseca do discurso popular.
No cristianismo, os Mudras adquiriram uma forma mais difícil de identificar. As posições estilizadas das mãos estão quase sempre presentes nas representações de Jesus Cristo, mas poucos conhecem o seu significado. E dessa forma, as culturas ocidentais foram perdendo a noção do poder curativo e sagrado dos Mudras.
Namastê!
Nina Greguer
Fonte: BONWITT, Ingrid Ramm (1987). Mudrás. As mãos como símbolo do Cosmos. Editora Pensamento – São Paulo