Lei de destruição: Livro dos Espíritos
Esta lei que diz respeito à destruição ou transformação é um processo natural de renascimento e regeneração da matéria, além de ser necessário para o equilíbrio do mundo. Allan Kardec, na questão 728, de O Livro dos Espíritos, pergunta:
Pergunta: "A destruição é uma lei da Natureza?"
Resposta: "É necessário que tudo se destrua para renascer e se regenerar porque isso a que chamais destruição não é mais que transformação, cujo objetivo é a renovação e o melhoramento dos seres vivos."
Com isso, os chamados flagelos destruidores, dizem respeito ao um adiantamento ao progresso, já que o espírito de algum modo irá buscar o estado de regeneração moral. Entretanto, algumas vezes eles são considerados como castigos, quando na verdade, são leis educativas.
Pergunta: “Com que fim fere Deus a humanidade por meio de flagelos destruidores?”
Resposta: “Para fazê-la progredir mais depressa.”
(Questão 737, Lei de destruição: Livro dos Espíritos)
O CORONAVÍRUS SE ENQUADRA NA LEI DE DESTRUIÇÃO?
O fundamental é progredir moralmente para avançar na hierarquia dos mundos, abandonando, então, a categoria de expiação e provas, pois mundos que estão neste degrau necessitam, por conta do tal orgulho de seus habitantes, de alguns empurrões mais fortes das leis naturais.
Ora, então, qual o meio de progredir? Os próprios Espíritos dizem que é conhecendo o bem e o mal para distinguir joio e trigo. Esta é a ideia: usar a inteligência para fazer o bem e elevar-se a um mundo cujo perfil não seja semelhante ao de prova e expiação.
Talvez o leitor (a) esteja espantado (a) e pergunte: “não há na Terra boas pessoas e que não merecem passar por essas epidemias e todo esse sofrimento?”
Eis aqui mais uma prova do protagonismo da vida espiritual diante da existência material. Como já dissemos por tanto, aquilo que consideramos ser uma tragédia, no caso aqui a morte de pessoas boas, para os Espíritos é tão somente a destruição do corpo físico, o que não corresponde, nem de longe, a condição de Espírito, posto que este é imortal.
Para Deus, aliás, pouco importa se o Espírito está desencarnado ou encarnado, pois seu amor abraça a todos sem distinção. E isto é uma ideia extremamente consoladora, porque mostra que nada é mais forte do que a vida que se desenrola tanto aqui quanto no além-túmulo e segue obedecendo as mesmas leis naturais instituídas por Deus.
Kardec, ainda no tópico flagelos destruidores, tenta aprofundar-se um pouco mais.
A ideia de Kardec é saber se diante de uma pandemia, ou qualquer outro nome deste gênero, existem injustiçados. Os Espíritos, porém, não caem em contradição e reafirmam que mesmo na ocorrência da morte, essa existência é para o espírito que desencarna apenas um ponto diante do infinito.
Para analogia, ainda que pobre, vá ao quadro negro, aquele de professor, e faça um pequeno ponto branco. Após isto, olhe para o quadro e veja que o ponto representa pouquíssima coisa. Pois assim é nossa existência diante das inúmeras outras que virão, um pequeno ponto desenhado num imenso quadro.
Os Espíritos querem sempre reforçar o olhar macro, abrangente no que concerne nossa vida. Um homem mais evoluído, portanto, não verá na morte o sinônimo da destruição, mas apenas uma mudança de condição espiritual, saindo da categoria de encarnado para entrar no time daqueles que vestem o uniforme da imortalidade.
Vale registrar, também, um importante comentário que Kardec traz ao final do tema flagelos destruidores:
Kardec fala da utilização da inteligência como um meio de prevenir, ou, ainda, vencer o flagelo destruidor.
O homem tem, portanto, na ciência que estuda as leis da matéria todas as condições de sair vitorioso na luta contra um flagelo que atualmente poderíamos chamar de Covid- 19.
E ao colocar os óculos do futuro, Kardec informa que o homem ao utilizar a inteligência pode preservar-se, e se a esta inteligência unir-se o sentimento de caridade, o homem poderá beneficiar a si e ao semelhante.
Fontes:
Livro dos Espíritos
https://ceac.org.br/em-tempos-de-pandemia-espiritas-alegrai-vos/ Por: Welligton Balbo