“Eu estou passando por este degrau de existência fazendo o melhor uso possível da Cabeça, do Coração e das Mãos”.
Cada um de nós, aqui na Terra, tem uma missão própria para cumprir. Estamos aqui para um fim e, enquanto não tivermos cumprido todos os nossos deveres, eles se apresentarão constantemente, lembrando-nos que estão aguardando nossa obra.
A finalidade do cumprimento destas tarefas e destes deveres é o nosso desenvolvimento e progresso, e, por mais desagradáveis que nos pareçam ser, têm uma enorme influência sobre o nosso futuro desenvolvimento e a nossa vida. Quando nos submetemos à Lei, cumprindo deveres e vendo e sentindo o que está atrás deles (isto é, o seu “porquê”), não nos revoltamos mais contra o nosso destino.
Abrindo-nos ao trabalho do espírito, cumprindo de boa vontade as nossas tarefas e trabalhando em nossa própria salvação, damos realmente o primeiro passo no caminho que nos leva à emancipação das tarefas desagradáveis.
Quando deixamos de olhar com antipatia o trabalho que devemos fazer, e entregamo-nos a ele com amor e dedicação, acharemos que estamos melhorando a nossa posição e que os trabalhos que então se apresentam, já são menos penosos; as coisas melhoram quando aprendemos a lição.
Cada pessoa encontra no mundo, perante si, a tarefa que melhor responde ao seu desenvolvimento no respectivo tempo; foram consultadas as suas necessidades e, segundo estas, foi-lhe indicado o melhor que pode caber. Não há uma sorte cega ou um mero acaso que distribua os deveres; todos são ditados pela grande Lei de Causa e Efeito. E a única filosofia verdadeira consiste em abrir a nossa mente para desempenharmos, com maior habilidade de que somos capazes, as nossas tarefas.
Enquanto não começarmos a fazer a obra na forma devida, somente prolongamos as nossas penas; quando nos resolvemos a trabalhar com gosto, nos adiantaremos, e outras coisas nos aguardam. Odiar e temer alguma coisa é atraí-la e vincular-se a ela.
E indo em seu caminho pela Vida – cumprindo as suas tarefas no mundo –façam o melhor uso possível dos três grandes dons do espírito: a Cabeça, o Coração e as Mãos.
A Cabeça (representando a parte intelectual da nossa natureza) há de receber a oportunidade de desenvolver-se, há de receber o alimento necessário e não decair sob o peso dos obstáculos e faltas – e há de ser empregada para o trabalho, porque só com o exercício se fortalece e se desenvolve. A mente há de ser livre.
O Coração, representando a natureza amorosa no seu melhor sentido, deve ser empregado, e não debilitado, agrilhoado ou desprezado. Ao mencionar. Este é o Coração que produz simpatia, compaixão, ternura e afabilidade. Não se deve permitir que decaia num sentimento doentio, mas deve ser usado em conexão com a Cabeça. Há de expandir-se para abraçar toda a vida em sua plenitude e sentir a afinidade de cada um com todos os seres viventes.
As Mãos (representando a manifestação da criação e do trabalho físico) devem ser educadas para fazer a sua obra da melhor maneira que lhe é possível. Há de aprender a fazer bem as coisas e sentir que todo trabalho é nobre e não degradante. A Mão é o símbolo da criação física e deve ser honrada e respeitada. O homem e a mulher espiritualmente desenvolvidos passam pelo mundo, fazendo o melhor uso da Cabeça, do Coração e das Mãos.
Namastê:
Equipe Universo da Espiritualidade
Fonte: Trecho extraído do livro, 14 Lições de Filosofia Yogue – William Walker Atkinson