A vida da mulher após esta transição tem múltiplos significados. O mais simples é o biológico, assinalando o fim da fase fértil, as mudanças hormonais, as alterações físicas, psíquicas e emocionais. Outro aspecto, que pesa muito para a mulher moderna, é o medo da perda da juventude, da beleza, a diminuição da sua sexualidade e feminilidade. Ao aceitar os conceitos culturais e comportamentais da sociedade atual, a menopausa torna-se um vaticínio sombrio para a mulher que teme perder seus encantos, seu poder ou sua capacidade de realização.
Mas há ainda, um outro aspecto mais profundo e complexo, de significado espiritual, que pode transformar o processo da menopausa em um verdadeiro rito de passagem.
Diferente da mulher que menstrua e que entra em contato com o seu poder interior durante a sua fase menstrual, a mulher pós-menopausa tem acesso permanente aos planos sutis, podendo ultrapassar o limiar entre os mundos sempre que quiser, não mais restringida pelo seu ciclo. Adquirindo essa nova habilidade da percepção constante dos dois mundos (o da realidade comum e o incomum, ou astral), a mulher, ao guardar seu sangue e não mais vertê-lo, torna-se uma curadora, xamã, profetiza ou sacerdotiza em potencial.
Os ritos de passagem da menopausa marcam a transição da mulher da sua antiga percepção do mundo e o despertar para a nova realidade do mundo sutil.
Namastê!
Nina Greguer
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